quinta-feira, 6 de maio de 2010

O BOLÃO DO MENGÃO


Organizamos um bolão ontem aqui no NOVO JORNAL por conta da decisão da vaga nas quartas-de-final entre Mengão e Corínthians. Como vocês podem ver pela foto, perdi. Cravei o contrário, 2 a 1 para o Mengo. Mas o custo benefício valeu a pena. Quem venha o Universidad do Chile!

No Bolão do Mengão, que custou 2 reais por aposta, conseguimos arrecadar 54 pilas. Acertaram na mosca três pessoas: o Jovem (o nosso subeditor de fotografia), Hugo (grande repórter botafoguense, mas que pela felicidade com que aparece atrás do manto sagrado já namorou as cores vermelha e preta) e Anair (a nossa telefonista). Brincadeira sadia, sem vício. A galera aqui já ta pensando na Copa do Mundo... Mas antes, vamos ver se os próximos jogos da Libertadores a gente consegue juntar mais uns trocados. E dá-lhe MENGOOOOOOOO...

É O SEU CASTIGO...



Hoje é dia de samba em Nazaré, dia de festa e, como não poderia ser diferente nesta quinta-feira rubro-negra, dia de saborear uma vingança cantada em verso e prosa desde que o tal do fenômeno se mandou da Gávea sem agradecer a hospitalidade. Hoje, não há nada que se encaixe melhor que o samba-profecia do grande rubro-negro Jorge Aragão, aquele mesmo que ficou mundialmente famoso na voz da botafoguense Beth Carvalho. Corinthianada, ano que vem tem mais. Só tem que ganhar o brasileiro...


Chora, não vou ligar
Chegou a hora
Vai me pagar
Pode chorar pode chorar (mais chora!)
É, o teu castigo
Brigou comigo
Sem ter porquê
Eu vou festejar, vou festejar
O teu sofrer, o teu penar

Você pagou com traição
A quem sempre lhe deu a mão

La laia, la laia
La la la

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A ZONA SUL TEM QUE APRENDER COM O SAMBA

Tudo caminhava como manda o figurino. Chumbinho, como um maestro sentado e de frente para o público, regendo a cozinha do Roda de Bambas numa seleção antológica de choros, mestre Silvano incorporando Baden Powell debruçado no violão de seis cordas nervoso e os amigos chegando aos poucos à espreita da noite cada vez mais quente ainda que o ar-condicionado da casa insistisse em amenizar o clima.

Pouco mais de uma hora depois, Debinha assume o posto que lhe é de direito e, de prima, manda 'Coração Leviano'. A partir daí, suscedem-se clássicos e mais clássicos do samba de raiz que nada mais é que a essência brasileira pura e simples.

A pista de dança, como classificou uma das garçonetes da casa devidamente paramentada o salão onde a turma sambava, estava tomada de gente. Cerveja e belas mulheres na ginga da alta madrugada. Uma noite maravilhosa, como acontece sempre que o Roda de Bamba comanda os trabalhos.

Público cantando, papo rolando, tudo caminhando como manda o figurino. Isso até o samba dar aquela parada e uma turma de turistas, acho que de João Pessoa, puxar o refrão (se é que se pode chamar aquilo assim) do Rebolation.

Nem preciso dizer a cara de constrangimento dos músicos e da turma que via a cena sem acreditar que, mesmo depois de toda aquela aula de história brasileira, a porra do Rebolation continuava entranhada no ambiente.

A grotesca performance dos paraibanos não foi capaz de estragar a noite mágica de ontem. Mas fica a lição: a Zona Sul ainda tem muito o que aprender com o samba do Roda de Bambas. E ao que tudo indica, a rapaziada ainda vai dar muito o que falar, a partir do mês de junho, no sótão do Taverna Pub, em Ponta Negra.

Aguardemos, pois, com a ansiedade que marca os dias que antecedem às rodas de samba da Cidade Alta.