Na última matéria da série "Meu Lar é o Botequim", nesta sexta-feira que promete muita cerveja, um pedaço do bar de Nazaré, cravado na rua Coronel Cascudo, adjacência do Beco da Lama.
A família de Nazaré Melo é grande. O número de clientes que adotaram o bar como a segunda casa é de perder de vista. Com pulso firme e diplomática, se divide em muitas tanto atrás do balcão como na cozinha e até atendendo os clientes. Ao lado, o fiel escudeiro Paulo Eduardo. E lá se vão 16 anos só no ponto já tradicional da rua Coronel Cascudo (ao lado do supermercado São Cristóvão, por trás da Assembleia Legislativa).
A relação com o bar é difícil, mas a dupla tira de letra. Segundo Paulinho, que também atua em todas as posições do botequim, ambos já se habituaram. “Na realidade a gente já ficou habituado. Minha mãe já tem mais de 20 anos nesse ramo. Como o empreendimento é pequeno e não dá muito dinheiro não podemos pagar muitos funcionários. E a gente acaba passando o dia no bar, o que é bom também porque o cliente te vê e você pode arrumar alguma coisa que não está legal”, disse.
Cansativo e prazeroso: uma mistura que dá liga e samba em todo botequim de verdade. No fim das contas, mesmo quando o caixa aperta, o sentimento de dever cumprido é o que vale. “É cansativo, não é ruim não. Mas é aquele negócio: é no bar que você come, faz tudo e leva até documentos que se fosse deixar em casa para resolver alguma coisa seria uma contramão danada. Então, virou hábito”, conta.
Aberto das 8h30 às 22h (com exceção das terças-feiras que fecha às 19h por conta das reuniões da maçonaria que acontecem em cima do boteco), o bar de Nazaré se especializou em pratos como o carneiro, a fava servida no sábado, e a galinha caipira e a feijoada que fazem a alegria dos clientes na sexta-feira.
Outra pedida é o samba do grupo Arquivo Vivo que ocorre todas as quintas-feiras em frente ao botequim, sempre de 19h às 22h. Também de graça, no meio da rua.