A segunda matéria da série "Meu lar é o botequim", conta um pouco da história e as dificuldades do bar do Ex-combatente
Por trás do balcão azul já desbotado pelos tempos idos, José Geraldo Soares da Silva conta os dias para baixar de vez o velho portão de aço do botequim. Proprietário do bar do Ex-Combatente, herdado do pai, um militar que integrou as tropas da Força Aérea Brasileira na 2ª Guerra Mundial, se vê desmotivado pela concorrência do shopping Midway Mall que, segundo ele, ‘roubou’ os clientes que vinham almoçar no estabelecimento. “Antes do Midway vendia 80 almoços por dia. Hoje, sai apenas cinco ou seis”, conta.
Além de sentimental, a relação do de Geraldo com o bar é, também, familiar. Ele, a esposa e o filho moram nos fundos do estabelecimento e estão de partida. “Antigamente, quando a clientela vinha sempre, o bar não fechava. Quando batia o sono eu ia dormir e meu irmão que ajudava ficava no meu lugar. Mas dos clientes mais antigos da época da guerra, morreram quase todos. Acho que daqui para o final do ano eu vendo e vou fazer outra coisa”, diz com os olhos fundos e pensamento no passado.
Na prateleira, poucas garrafas e algumas raras latas de Brahma. Dos bons momentos, Geraldo volta no tempo em que a avenida Salgado Filho, onde fica o botequim, ainda era conhecida como avenida 15 e recheada de cabarés. “O povo bebia tanto aqui como lá (nos cabarés). Lembro bem de Virgínia, Rita Lora, Zefa Paula... ali era um tempo bom”, ressalta com aquele suspiro de saudade.
3 comentários:
Ah, meus tempos de ETRFN...
rsrsrs
Cara; seu blog é um dos melhores que já vii.e li. adoreii. gravei ele nos meus favoritos para entrar direto jáá. Parabéns, espero um dia poder conhecer alguns desses butecos.
Babii: obrigado pelos elogios! Que honra... seja bem vinda ao meio da rua e no dia q você vier a Natal a gente apresenta os botecos pra você. Abraços
Armando: eu não estudei na ETFRN, mas nem me fale ahahahah
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