A quarta e penúltima matéria da série 'Meu Lar é o Botequim' abre essa quinta-feira de sol relembrando a saudade do velho Pedro Catombo no bar do Pedrinho
Se uma palavra definisse o sentimento que rege as relações no bar do Pedrinho, ao lado do camelódromo da Cidade Alta, seria, sem dúvida, saudade. Com a morte em dezembro de 2008 do patriarca do botequim Pedro Faustino da Costa, conhecido como Pedro Catombo por conta de uma queda da árvore que lhe rendeu um caroço nas costas, o bar passou para as mãos do filho Nélio, que corta um dobrado para levar o estabelecimento sem deixar a peteca cair.
A clientela se mantém firme, a cerveja sempre gelada e o tira-gosto no ponto, mas a caricatura de seo Pedrinho está na parede para que ninguém esqueça que tudo aquilo ali tem um responsável. “Meu pai era o dono de bar mais antigo aqui do Centro. Ele morava aqui perto e eu em Ponta Negra. Chegávamos cedo, antes das 8h, e se eu me atrasasse cinco minutos ele já reclamava”, lembra.
Alguns anos antes de partir, Pedro Catombo convocou Nélio para ajudá-lo no serviço. Agora, no entanto, é com ele e os dois funcionários efetivos (fora Fernando, o simpático garçom que bebe todas e dá uma mão nos dias mais agitados). “É um trabalho difícil, toma todo o tempo da gente, mas no fundo é bom”, analisa.
A pedida, no bar do Pedrinho, é a sardinha ao molho, um sucesso de venda e aprovada por unanimidade pelos clientes que adotaram o prato. No primeiro sábado de cada mês, o boteco abre espaço para a roda de samba do grupo Nós do Beco. Tudo no meio da rua. É diversão e satisfação garantida.
2 comentários:
Rapaz, tô lendo agora, antes de almoçar. Pena que tô um pouco longe do Centro...
O samba mudou de dia? Bom saber.... A maior figura do bar de Pedrinho é sem dúvida Fernando, bebe mais que quem tá nas mesas...hehehe
Postar um comentário