Hoje a noite é da literatura. Pablo Capistrano e Ticiano Duarte retomam o caminho das letras e lançam, a partir das 19h, mais duas obras. O filósofo estreia na área de contos, ele que já namorou a poesia, o romance e as crônicas. Já o jornalista, cronista da memória política potiguar, reúne num único volume 60 crônicas publicadas no jornal Tribuna do Norte.
Conversei com os dois semana passada. Em ‘É preciso ter sorte quando se está em guerra’, que sai com o selo dos Jovens Escribas, Pablo fala do pânico da sociedade urbana moderna. São três contos, longos, em que também homenageia referências literárias, como Edgard Alan Poe, Jack Kerouac e Franz Kafka. O pânico, para ele, está ligado à ansiedade. Na visão de Capistrano a sociedade surtou, ficou louca. Tudo conseqüência da guerra econômica, social, auditiva e existencial dos dias de hoje.
Enquanto o filósofo fala do presente, o jornalista se agarra ao passado. No livro ‘No chão dos perrés e pelabuchos’, publicado pela editora Z, Ticiano volta mais de 70 anos no tempo para recontar a história política potiguar a partir das disputas entre os perrés, grupo ligado ao partido republicano liderado na época por Juvenal Lamartine e José Augusto Bezerra de Medeiros, e os pelabuchos, turma que tinha como símbolos Mário Câmara e Café Filho. Segundo o autor, o catiripapo rolava solto quando a rapaziada se estranhava. O livro ainda traz perfis de personagens esquecidos pela história. Embora não tenha uma ordem cronológica definida, a obra vai até o início da ditadura militar.
Pablo e Ticiano, um em cada tempo.
Serviço:
‘É preciso ter sorte quando se está em guerra’, de Pablo Capistrano, hoje, a partir das 19h, na Siciliano do Natal Shopping.
‘No chão dos perrés e pelabuchos’, de Ticiano Duarte, hoje, a partir das 19h, na Siciliano do Midway Mall.
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