
Foi, como não poderia de ser, na mesa de um buteco. Estávamos eu e meu irmão Anderson Barbosa domingo passado assistindo na TV ao chocolate que o nosso Mengo levava do Grêmio, uma autêntica tarde de Finados. De supetão, lanço a ideia: bora fazer uma roda de samba homenageando os sambistas que já partiram? Bora, respondeu o moleque sem tirar o cigarro da boca. Ok, segui adiante. Então vai se chamar O Samba do Crioulo Morto.
Para meu espanto, Anderson, o correio da má notícia do Novo Jornal, achou pesado o nome. Logo ele! Mas insisti. Saí do bar depois do jogo. Ele pegou o rumo de casa com medo que estava de apanhar da mulher quando chegasse. Passei na casa do Rudson e da Milena, eles adoraram o nome, deram a maior força.
Para fechar à noite, já passava das 21h, ainda faltava a palavra do meu guru Eugênio Meio Quilo. Mas o malandro não estava em casa. Descobri por conta dessa invenção chamada telefone que o cabra bebia com Cris na casa de Yasmine e Ivan. Rumei pra lá. Ele também se amarrou em 'O Samba do Crioulo Morto', mas Yasmine achou pesado. Argumentou que aqui não se comemora os mortos, mas o Dia de Finados.
Diante disso, e depois de várias cervejas, nasceu, em estado bruto, a roda de samba que acontece nesta quarta-feira, Dia de Finados, a partir das 14h, no Bardallos (Rua Gonçalves Lêdo, 678, Cidade Alta). O Nós do Beco e o Arquivo Vivo toparam na hora.
Mas o que também torna ainda mais valorizada essa grande festa é o apoio dos parceiros que, em um dia e meio, conseguimos pescar. Sindicato dos Bancários, Sindsaúde-RN, Sinsenat, deputado Fernando Mineiro e vereador George Câmara. Valeu pelo apoio e a confiança!
A cerveja já está gelada e o samba na ponta da língua. Pra ficar melhor só falta você aparecer! Até porque beber o defunto é não deixar o samba morrer.
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