Agora há pouco, em meio às obras de terraplanagem da Arena das Dunas, o secretário estadual da Copa, Demétrio Torres, informou que o custo do 'negócio Arena das Dunas' para o Rio Grande do Norte já está em R$ 550 milhões. Ainda assim, na conta do titular da Secopa, o valor do estádio continua estacionado nos R$ 400 milhões. A diferença é que, para ele, 'negócio' e 'valor da obra' não são a mesma coisa.
Sexta-feira passada, o BNDES autorizou o financiamento de R$ 396,6 milhões para a construção da Arena. Logo, como o órgão federal só financia até 75% do valor pedido, o custo final do estádio é maior que os R$ 400 milhões. Até porque o que se sabia, até o momento, é que o BNDES financiaria a 'obra' e não o 'negócio'.
Para justificar o aumento de R$ 150 milhões no valor da Arena das Dunas, Demétrio Torres voltou à recorrer à velha comparação da compra de um carro financiado. Ele afirma que quando se compra um veículo a prestação, no final o preço pago pelo consumidor é maior.
Mais uma vez, o secretário fala o óbvio. Torres acabaria de vez com as perguntas incômodas que ouve em toda entrevista coletiva se assumisse o valor da Arena das Dunas como ele realmente é, ou seja, que ao final dos 20 anos de concessão, o estádio vai custar, aos cofres públicos, cerca de R$ 1,3 bilhão. E não se fala mais nisso. Ou fala?
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